A morte do poeta

amanheci chorando,

as lágrimas não caíram,

ficaram dependuradas na dor

jogado no catre velho e frio,

meu ser permaneceu quieto e só

sobre as borboletas mortas do lençol

nas vís paredes, do triste quarto,

vermes riam da minha mansidão.

ainda mostrava a carne viva e só

no buraco da janela de madeira

a lua me espreitava do lado de lá

nada falava, nada queria...

de repente o mundo parou

nada vi... já não estava mais ali

... dizem!

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 24/01/2007
Reeditado em 30/08/2023
Código do texto: T357391
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.