A morte do poeta
amanheci chorando,
as lágrimas não caíram,
ficaram dependuradas na dor
jogado no catre velho e frio,
meu ser permaneceu quieto e só
sobre as borboletas mortas do lençol
nas vís paredes, do triste quarto,
vermes riam da minha mansidão.
ainda mostrava a carne viva e só
no buraco da janela de madeira
a lua me espreitava do lado de lá
nada falava, nada queria...
de repente o mundo parou
nada vi... já não estava mais ali
... dizem!