Poema dos Verbos

O nascer, o dever e o prazer

São tão iguais

Ao morrer, ao haver e ao sofrer

E são tão diferentes

Do que eu quero ser

Desses verbos de uma vulgaridade pragmática

Eu não quero nem saber

Faço questão de apagá-los de minha gramática

Sem motivo algum para me arrepender

De corriqueiro

Pretendo apenas conjugar:

Amor, do verbo amar

(No presente do indicativo)

Eu amo você

(E espero que seja de verdade)

Tu amas alguém

Ama pouco ou ninguém

Amamos também nós

Amais o que não conheceis

Enquanto eles amam viver.

Luiz Henrique Santos
Enviado por Luiz Henrique Santos em 26/03/2012
Código do texto: T3577254
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