ALL

(MAHYNÁ CENDON)

O meu corpo é uma soma

De toda a coisa

Que a ciência não pode explicar

A sumidade assombrosa do metafísico

Girando em órbitas densas

Com velocidade impossível de cronometrar

Se desfaz em partículas e goza de plenitude

Se move dentre caminhos estreitos

Se esgueira entre frestas largas

Sente e transmuta com a água da chuva

imprime e risca, se eterniza em estrelas

Fotossintética, se colore com raios lunares

Banhando-se na umidade de sóis austeros

Um eclipse modifica minha rota de colisão

Uma explosão de orgasmo e dor

Discurso inflamado, olor, furor

Antena e pára-raio, tátil sensível

Vórtice obscuro de energia

E um mundo que tribula na calmaria...