Incertezas de Outono

Incertezas de Outono

São os tormentos do outono

Chegando na valsa da ventania

No ar incerto de pós e polens

Confundindo quem vai além das colinas.

Na nascente do rio como marco

A tênue dor do acaso nas pontas

Nas duas faces da mesma moeda

Ainda o incerto da estação.

São as interfaces da vida agora

Que executam no tempo a fazer

Nada factual nestes diuturnas

A certeza que se busca no horizonte.

No equívoco do Outono a linha

Da dificuldade e da memória

Os sonâmbulos entre cores correm

Incompreensíveis ficam entre pontais.

Se refazem agradecidos na tarde

Ainda que entre lágrimas e fios

Do orvalho que vai chegar

Na noite que se adentra às almas.

Emoções afloradas exílios de amores

Que costuramos nos ninhos de amor

Nos secretos do coração puro

Na água que hoje é sintonia

Deste paraíso de telas e veludos

Advém o sublime a esperança.

É o sol que estimula a vida

Surgindo sem meio ouro um lumes

Equilíbrio que permanece na alma

Nos dias decisivos de trocas e tropeços.

IáraPacini