O Peito Não Alivia

Apenas Poesia

Mas o Peito Não Alivia!

Amo-te aqui, onde ninguém sabe

E todos de si sentem

Nas palavras que em sua boca

Tomam formas encantadas

Expressam-se dançantes nas curvas

Que delineiam o meu corpo...

Os chamados não ousam, dormem nos vagões

Congelados juntos ás projeções da mente

Adormecida também é a ansiedade

Aguardando a tua chegada e vibrarem os sinos...

Amo-te ali, esperta, onde me despes

E já me veste com as insinuações

Quentes de tua língua...

Mas a vida tem pressa

E junto é preciso mergulhar

E às vezes quase me arrebento

Sem saber o que de mim restará...

Amo-te cá, quando me sinto menina

Em tuas mãos bailarina, por essa dança regida

Esquecer do tempo, de as piruetas pararem!

Amo-te assim no início de mim

E quando eu mesma me ausentar

Não mais puder tocar os meus sentidos

Não ouvir o balé dos teus!

E não acordar á tempo para dizer

Que te amo também na ausência

Como de agora, e que te sinto onde nem tu

Talvez saibas, amo-te assim

"Minha Estrela" transcendente de auroras...

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 08/04/2012
Reeditado em 08/04/2012
Código do texto: T3601887
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