O Peito Não Alivia
Apenas Poesia
Mas o Peito Não Alivia!
Amo-te aqui, onde ninguém sabe
E todos de si sentem
Nas palavras que em sua boca
Tomam formas encantadas
Expressam-se dançantes nas curvas
Que delineiam o meu corpo...
Os chamados não ousam, dormem nos vagões
Congelados juntos ás projeções da mente
Adormecida também é a ansiedade
Aguardando a tua chegada e vibrarem os sinos...
Amo-te ali, esperta, onde me despes
E já me veste com as insinuações
Quentes de tua língua...
Mas a vida tem pressa
E junto é preciso mergulhar
E às vezes quase me arrebento
Sem saber o que de mim restará...
Amo-te cá, quando me sinto menina
Em tuas mãos bailarina, por essa dança regida
Esquecer do tempo, de as piruetas pararem!
Amo-te assim no início de mim
E quando eu mesma me ausentar
Não mais puder tocar os meus sentidos
Não ouvir o balé dos teus!
E não acordar á tempo para dizer
Que te amo também na ausência
Como de agora, e que te sinto onde nem tu
Talvez saibas, amo-te assim
"Minha Estrela" transcendente de auroras...