Autocensura
A Culpa não vem de mim,
nem de ti.
Veio do azul,
de algum ser invisível
que pintou seu corpo,
sua face disforme,
suas sombras de tempo.
A culpa é o intervalo
entre a paixão
e o abismo.
Mãe de todos os vícios
e descaminhos.
Espelho disperso,
lente do adverso.
Linha tênue
entre céu
e inferno.
Thiago Cardoso Sepriano