VIDA...
Sinais de fumaça que o vento levou,
Projetos e planos que o destino esqueceu,
Proferidas palavras que o tempo apagou,
Um olhar sobre o ontem que se perdeu...
Nas dobras do tempo, labirinto sem volta,
As ervas daninhas fecharam as saídas.
Quentes marés soluçam comovidas,
Sobre tumbas de amargas revoltas.
Quando o mel azedou?
Quando o céu escureceu?
Quando a dor chegou?
É tudo tão igual
Quando tão diferente...
O mundo é banal
E o viver inconsequente...
Lições me ensinaram,
Experiências que não deveria passar,
Mas as regras se quebraram,
E tudo isso eu fui buscar.
O tapa da vida é um balde de gelo,
Que penetra a alma e traz desespero.
Ninguém aprende com a vida alheia,
Só meu pé pode afundar na areia.
Quando a mente se perdeu?
Quando a esperança findou?
Quando o coração se fechou?
Se não for pelo amor,
Aprender-se-á pela dor.
Quem não sabe escutar,
Tão pouco saberá falar.
Um dia termina,
O outro começa,
E a mente sempre com pressa,
Não reflete... Não examina...
Quedas são normais
Mas não quando são iguais...
Há tanto aprendido,
E muito mais adormecido...
Até quando negar e fingir banido,
O óbvio que no coração foi embutido.
Até quando sentir e não saber usar
O amor que na vida deve abastar?
Fev/2012