Do tempo
O tempo em sua imensidão angustiante
Desfeito em favos secos,
Renascido em chamas...
Dorido
Sofrego
Além...
É o cruel assassino de sonhos e poesias.
Essa ilusão de palavras eternas e sentimentos valorosos,
Somem como uma nota musical que ecoa no ar até ser inaudível.
A música que desperta e nega, leva consigo o sentido
E deixa o universo
sem estrelas
E nada, profundo, semi existente:
Que só pertence a si,
Só está em si,
E nem a si pode ver.
A imensidão oca,
perdida,
avessa ao tempo,
atada ao vazio
sem resgate possível
Tempo avesso que aprisiona a alma,
Tempo que se vai,
mutável,
sempre inoerente,
de humor negro.
E o espírito estático chora sem lágrimas as saudades.