ERA UMA MOÇA ESGUIA
Era uma moça esguia
De fala doce e macia,
como canto do uirapuru
Na floresta a dentro...
Seu olor de coentro,
Cor de pele de indu.
De perto ou a distância
Ver-te, pra mim, é ânsia,
Posso sonhar contigo
Indo pela verde alfombra
Da senda, da sombra,
Sonhando também comigo.
A tua timidez me encanta
Que a palpitação é tanta
Me deixando mais desejoso
Da tua áurea presença
Que me provoca a descrença
De tanto que é maravilhoso.
Mas meu coração descrente
Abre seu olhar ardente
Por causa de tanta beleza
Que o sábio criador fez,
E chego a pensar, talvez,
Que tu és toda a natureza.
(YEHORAM)