Arcádia
O rebusco do asco licoroso
Na Arcádia tenebrosa encontrei
Nos ventres das esposas dos coronéis adentrei,
Com ódio e rancor
A dor do parto nunca foi tão pior quanto esta agora é:
A flor se destruiu dentre os pés malditos...
O ódio adultero confina o ser
As almas vomitam um belo prazer
E o escárnio da vulva não mais existe
E o luto é o que agora apenas persiste...
E mesmo que ondas negras de vento
Chegassem até meu falo, nenhum galo
Teria tanto fardo a carregar...
E do ódio almejado pelo coração
Daqueles a quem feri com amor
Surge o vinho da juventude
Com o qual delicio-me no ódio de viver
Amando Aqueles que amam me ver morrer...
Por este e outros atos e fatos,
Estou agora fugindo de Arcadia
Nem lá nem em Parságada terá um dia
Um canto pequeno e morno, para minha
Adorada vida de nuvem apagada...