Resiliência

Olha, apalpa, cheira, administra até as beira.

Sofre, chora, enxuga, controla pela olheira.

Racionaliza, supera quem derá fosse assim.

Nestes tristes dias que não tem mais fim.

Jeito de andar trôpego, como a transportar fardos.

Enganam-se os amargos, é sôfrego desejo.

O Pisar calejado é vício de andejo.

A saudade é de berço, onde os gatos são pardos.

Como voltar por rastros desfeitos?

Sem jeitos, sem dogmas? Injete logo a droga.

Misture-a com a alma, foi-se o tempo de toda calma.

Foi-se o tempo de torturas, proteja-me loucura!