SEJA VALENTE

SEJA VALENTE

O dia amanheceu. Todos foram fazer alguma coisa no curto espaço que dividimos.

Ouvi falas muitas. Todas contavam uma história com Agar.

A casa se encheu de fonemas diversos compondo um todo diferente, porém, harmônico.

O homem estava lá. Na casa onde vivo, falo e sinto.

O homem do mato;

O homem do asfalto;

Aquele de carne;

Aquele de aço.

A tarde era nova quando os pássaros voltaram para a pequena gaiola chamada mundo meu.

Não ligue!

A casa serve aos propósitos nosso.

Ontem rezei um Pai Nosso e não me esqueci da Ave Maria.

Que alegria!

Ele está aqui!

Eu não o vi quando entrou. Nem o portão de ferro bateu.

Nem a porta gemeu ante o peso da madeira velha.

Não sou ateu.

Nem teólogo.

Nem acredito em cinderela.

A noite chegou e com ela os morcegos.

Aparelhos voadores.

De frutas, comedores.

Eles assustam o escuro noturno.

Quem não tem medo do barulho de suas asas?

A conversa voltou. As palavras voltaram a estalar no ar como bombinhas de surpresas.

Eram feias, eram belezas.

O silencio tornou. Só o ronco da mulher ao lado quebrava o luto da noite.

Amanheceu o dia novamente.

Seja valente!

TOBIAS BARRETO, 25 de abril de 2012.

Roosevelt leite
Enviado por Roosevelt leite em 25/04/2012
Código do texto: T3633036
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