Couro Duro
Couro Duro
Nem pó na poeira de redemoinho,
Nem parto prematuro.
É natural que eu acalente sonhos
Sobreviva aos desenganos
No couro duro do meu corpo
Carrego calejo nas mãos
No calcanhar de osso duro
E rôo o inconsolável abstrato coração
Entre cinzas que percorrem o tempo
E meu corpo pedra arde e explode em mim
Na secreta, mas humana, vontade de existir.
E meus olhos andarão pelas ruas
Regando as sensações,
Perdendo-se as sombras da madrugada
E tudo está em mim
Quando junto nas porções
E faço do mundo um inteiro.
Magaly