Frascos Vazios
Enquanto caminho por ai
Cuspo palavras ao vento
Sem saber o que digo
Sem entender o momento
Vamos fechar os olhos
Entrar no carro e acelerar
Deixar os 150 virem em paz
Correndo da morte até ela chegar
Minha vida não é nada mais
Que uma prateleira de frascos vazios
Procurando estrelas na parede do quarto
Vou me deixando levar pelos rios
Você corre no escuro
Não me ouve, se faz de cego
Ignora meus beijos
Só pra inflar seu ego
Ignorando o racional dos caminhos
Vendo as pessoas passarem depressa
Vou curtindo o momento sozinho
Afinal, nada mais interessa
Para todos sou apenas um vulto
Meio às rosas de botões vermelhos
A morte me envolve de luto
Mas me vê de pé, não de joelhos.