Frascos Vazios

Enquanto caminho por ai

Cuspo palavras ao vento

Sem saber o que digo

Sem entender o momento

Vamos fechar os olhos

Entrar no carro e acelerar

Deixar os 150 virem em paz

Correndo da morte até ela chegar

Minha vida não é nada mais

Que uma prateleira de frascos vazios

Procurando estrelas na parede do quarto

Vou me deixando levar pelos rios

Você corre no escuro

Não me ouve, se faz de cego

Ignora meus beijos

Só pra inflar seu ego

Ignorando o racional dos caminhos

Vendo as pessoas passarem depressa

Vou curtindo o momento sozinho

Afinal, nada mais interessa

Para todos sou apenas um vulto

Meio às rosas de botões vermelhos

A morte me envolve de luto

Mas me vê de pé, não de joelhos.

Rafa Fetter
Enviado por Rafa Fetter em 30/04/2012
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