Raiz inversa
No que tange aos sentimentos
Colhi bons frutos
Mas ainda sinto dor
Bem lá na raiz
Bem onde doi mais
Raiz inversa
Na ponta da memoria
Dentro da cabeça
Que é terreno tão fertil
Para decepções
Hoje precisei podar meus galhos
Jogar fora as sementes secas
Envelhecendo no esmo outono
Esperando ainda o frio
A densidade do invernar
Quem sabe depois de tudo
Eu possa de novo acreditar
E florescer para as possibilidades
Que a vida sempre acaba por nos dar!