PRISIONEIRA

PRISIONEIRA

Minha demência é ser lúcida

É pensar no que não sou

Pensamentos tão profundos

Sobre a vida superficial.

Acreditando nas mentiras

Desta mentira social

Vou passando pela vida

De maneira marginal.

Sonho sempre acordada

Com um mundo transformado

De paz, amor e um povo saciado.

Tenho fome de fraternidade

Mas nego ao pedinte uns míseros trocados

Sempre que me estende a mão.

De modo tão frígido rejeito a fome

Meu almoço está pronto... Delícias!

São as pegadas que me perseguem

Mesmo que eu ande pra trás

Vão a mim, me acompanham...

Não me dão a liberdade!

Carmen Rubira – 2005.

Carmen Rubira
Enviado por Carmen Rubira em 02/02/2007
Reeditado em 02/02/2007
Código do texto: T366777