Entre o amor e o ódio

Esta fúria que cresce

No âmago do meu ser

Faz-me descrer neste amor

E me impulsiona

A tirar de ti esse sim

Que sempre pronuncio

Sempre que me chamas.

Quero ver-te longe

Distante dos raios,

Rajadas de ódio...

Por esta indelicadeza

Essa desculpa descabida

Esse descaso

Toda esta falta de atenção.

Quero gritar esta dor

Arrancar do meu peito

Todo este furor.

Abrandar esta fúria

Acalmar minh’alma,

Eliminar todo esse desamor.

Quero recolher na estrada

Sombras de luz

Sementes de amor...

Abraçar a vida

Sentir todo o amor de Deus,

Que me recolhe agora

Em seus abraços

Revigora minh’alma

E me torna livre!

Livre de toda a pobreza

De todo sentimento fúnebre

Que entristece e empobrece

Os corpos sedentos

E os tornam seres pequenos

Insignificantes, invulneráveis...

Estou nos braços de Deus

Sentindo toda a Paz.

Estou em paz...