SE ENCERRA
Não bastava nada!
Não precisava nada.
Tudo ali estava...
O silêncio que cortava a madrugada
no urro que cada hora espalhava.
Visões e vibração que atravessavam
os olhos e o coração.
Tudo era SIM!
Mas, você disse não.
Jurou que não pra mim;
maculou a amizade.
Deixou cair, assim,
a máscara sana da razão
e toda sua claridade.
E o que ficou, eu vi:
Pedaços da verdade em estilhaços pelo chão;
e a mentira exibida
nos olhos turvos da vaidade.
Não precisava nada!
Apenas, deixar pra trás o que era
e seguir.
Assumir que chegou primavera,
reconhecendo e deixando ali
as flores de uma outra era.
Apenas e só bastava
honrar a palavra sincera,
assumir que chegou primavera
e sair!
D.V.
05/2012
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