Poesia nua.

Busquei na fonte a poesia,

Achei apenas um poço profundo.

Não pude retirá-la,

Voltei e busquei-a em mim mesma.

Havia apenas um resquício

De poesia nua.

Um tanto dura,crua.

Entorpecida pela luz da Lua.

Em mim tão pouca,represada

Em minha boca,silenciada

Nas cordas vocais.

Evocando sair e partir...

E se vai,fico só.

A vida toda um nó.

Mas deixo-a partir,

Não a retenho aqui.

Liberto a poesia nua,

A poesia que não é minha.

Aquela que será tua.

Pois quando nasce,

A poesia voa.

seja má ou boa,

A intenção de quem lê.

Ela não olha nem vê,apenas se doa.

Receba-a,afague-a, alimente-a

E vista-a de ternura.

Então ela será poesia pura.

Pétala e ternura,

Um toque de carinho.

A água que move o moinho, da tua vida...

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 01/06/2012
Reeditado em 01/06/2012
Código do texto: T3699239
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