Para Loucos e Crianças
Tínhamos rútilos castelos
de areia e estrelas multicoloridas,
que dissolveram-se nas ondas
do mar, antes do tempo ruir.
Só loucos e crianças
foram perdoados.
Ternas canções da infância
tornaram-se silêncio,
onde agonizam
ansiosas horas
sem fim.
Só loucos e crianças
foram perdoados.
Nostálgicos sonhos
outrora febris,
alimentam
a desventura
que lacera
minha alma.
Só loucos e crianças
foram perdoados.
Tropeço nas sombras,
ansiando respostas.
Procuro no espelho
infância e loucura,
na vã esperança
de ser perdoado.
Thiago Cardoso Sepriano