Em silêncio, a dor...Um parto,nasce a poesia!

A poesia às vezes é água cristalina

É areia do mar macia e fina

É fagulha de luz divina

E flui.Mas há momentos que vem em dor

Um parto trabalhoso

Rompe a madre

E nasce esgotando o poeta-mãe!

Assim é nesse momento

Em que não a tenho em pensamento

Mas ela tem que nascer!

Me contorço de dor,

Trago-a para fora.

Porque é chegada a hora.

Tem que nascer!

À luz tenho que a trazer,

E a poesia chora.

Se esguela a plenos pulmões,

Como bebês chorões

Que protestam contra a luz,o frio.

Quando trazidos para o mundo,

Tirados do seu abrigo;

Tenho que ser mãe da poesia

Que nasce muitas vezes a fórceps

Deixando-me esgotada.

Mas como toda mãe,depois da dor

O amor me faz realizada!

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 04/06/2012
Código do texto: T3704653
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