Deixa...

Deixa que os luares que vistes na vida ainda te digam algo.

Que toda manhã te traga meu afago,deixa que eu te toque a face.

Deixa que os caminhos abertos por arbustos ignorados sejam seguidos.

E que as pétalas do desejo se realizem por nós...

Deixa que a vida teça teu poema em manhãs rendadas de setembro.

E que as faces esquecidas sejam cores na tela em que pintas.

Deixa tuas mãos palparem a poesia do cedo ou tarde,sentindo o fogo

Que arde,deixa que a poesia te fale o indizível, em fogo ou brisa...

Deixa que essa ânsia que invade-te, feneça

Que esse calor te aqueça,o meu calor ao tocar teu rosto

Nesse amor-sonho suposto que te dou.

Deixa as horas graves do passado adormecerem de vez...

Que eu seja teu presente,sem nenhum invólucro,

Deixa que o tempo do amor flua por nós...

E que estejamos a sós,agora e sempre!

E finalmente peço-te:Deixa que eu te ame?

Deixemos o amor fluir assim, inocentemente

Sem mágoas,fluído qual água do rio do tempo...

Deixa que meu amor seja tua posse e que de ti se aposse

E que a felicidade faça ninho na taça de vinho do desejo nosso.

Deixa o amor morar em ti

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 05/06/2012
Código do texto: T3706766
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.