Sentir

Às vezes queria me rasgar

ficar em pedaços bem pequenos.

E ainda sim, sentiria dor.

A dor do passar dos dias

A dor do que não acontece.

Não acontece.

A dor de sentir a dor.

A dor da esperança perdida no agora.

Fico num quase: quase morte e quase vida.

e os pedacinhos incomodam.

a melhor forma é queimá-los

para quem sabe ver surgir a Fênix.

É necessário coragem para queimar!

Neste quase, me desmonto, perco até

a linguagem...

AUSÊNCIA...

E volto a me perguntar: Por qual motivo eu sofro?

E se for buscar no incoinsciente?

Queria saber de sonhos...

neles me rasgo como um papel, fico em

pedacinhos, inhos, inhos: eu

Carmem Maria Carvalho Bastos
Enviado por Carmem Maria Carvalho Bastos em 13/06/2012
Reeditado em 17/06/2012
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