Acordo
De que me acorda o dia?
E a um passo espero pelos campos retirados
Que seja firme, o espero
Desmedido terreno de guerra sempre se aconchega
E ouço os cantos dos passarinhos
Pouco a pouco aproximam-se dos arvoredos
E na grossa enchente
Vejo do outro lado o gelo dos edifícios
Todo desmedido, extenso entre os troncos
Chama que se entrega e atravessa os vales sombrios
E o último esforço pendido
Na grande testa do homem
E daqui mesmo vejo
Já não basta tanto esforço
E que não saibam os anos a arma que domina
Adiante dou um passo
E a nos somente cabe o coração repartido
E devo despojar memória
Inda fora, fruto seja os seus braços
E pelas mãos vou tomando pelos bosques
O sumo da liberdade
Memória manchada pela natureza
No atropelo desmedidas feridas
Escamosa pele
Onde aos pés ponho asas.
Magaly