A triste partida

É! Sinto que minha alma

Está se cansando de mim

Não está mais me obedecendo

Eu peço pra ela ficar comigo

E ela, fingi não está me ouvindo.

É! Também sinto que,

Não é apenas minha alma

Que não está mais a me obedecer

Tenho a intuição que minhas pernas

Também deixaram de se mover.

É! To percebendo que algo mais

Está por vim, já que estou aqui,

Deitado nessa cama sobre

Cuidados médico instantâneo.

Pois eles tentam me salvar

Enquanto eu fico a lutar

E a implorar pra minha alma

Não me abandonar,

E a suplicar em voz baixa

Para que minhas pernas

Voltem a se movimentar.

É! Talvez seja essa a hora de partir.

Mas eu não vou desistir

Não vou me entregar assim tão fácil

Eu vou lutar até que não ajam mais soluções

Pois ainda me resta um cérebro vivo

E um coração forte pulsando

E bobeando sangue por veias afora.

É! Mas ainda sinto que está chegando

A minha amarga hora de partir

Vejo nessa hora meu corpo estendido ali

Com médicos tentando me reanimar

E meus familiares na espera a suplicar

Por misericórdia para a morte não me levar.

Eu já to indo embora, sinto muito,

Mas meus órgãos estão prestes a se apagar.

Não estou mais no hospital sobre cuidados médicos

Estou agora sobre os cuidados da funerária

Que me põem no caixão para o cemitério encaminhar

E ao chegar ao cemitério meus familiares estão

De olhos encharcados a me esperar

Para me dá seus adeus e a se lamentar.

Pobre da minha mãe

Mal superou a morte do meu pai

E já tem um filho que vai com ele se encontrar.

Ainda bem que ela sempre demonstrou ser forte

Mas isso não há impede de chorar e chorar

Afinal, é um filho que está partindo,

Para nunca mais, nunca mais voltar.

Autor: Edu José

Edu José
Enviado por Edu José em 23/06/2012
Código do texto: T3740532
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