Abstinência

Abstinência

A abstinência pelo vício

É carência de ar

Em quem se afoga,

A parte podre da brita

O rascunho imortal no ofício

O comércio proibido da droga.

É doença incurável do dependente,

Secando a carne do ser

Que perde a vontade de comer,

Um sofrimento

Da família e da gente.

É tão letal quanto o veneno

Essas pedras brancas de pó,

Um abismo escuro e pleno

A alma enforcada pelo nó.

Planta daninha pra vida

Cultivada pelo bandido

Um cerco do mal sem saída,

Que ninguém duvida.

A parte ilegal do sistema

O réu laranja esquecido.

Aquele que foi condenado,

Severamente.

Não teve a chance de ouvir

Que estava absolvido.

Paga o preço que não merece,

Mas pertence ao cenário.

Um personagem incompetente

Traficante ou usuário.

Humano da mente pequena

Sem pressa e sem preces,

Que envelhece...

Que pena.

Francisco Assis Silva é Bombeiro Militar

Email: assislike@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 24/06/2012
Código do texto: T3741613
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