Flor tênue

Quando estiverdes triste,

Olhai para dentro do vosso coração,

E achareis que o que te deu tristeza

Vos deu também alegria.

Khalil Gibran

Flor tênue

Ausência e ausência de palavras quando dois

E mudos, ouvindo a sinfonia do silêncio...

Os carinhos de antes, foram-se antes

Das madrugadas

Do espelho

Do esperado

Feito trema.

Drama

Trama

Gritos

Sussurros

E tudo que se tem direito.

As minhas mãos abusadas

Deixaram de ser delicadas

No escurinho do cinema.

O clima da rotina

Trafega vertiginosamente

Entre buzinas.

Ensurdecem ouvidos

Despedaça sentimentos

Transforma em labirinto

O que foi Luz.

Os momentos belos evadiram-se

Fuga efêmera e fugaz.

Suave neblina paira sobre nós

E não mais ouvimos a voz do vento

Só a brisa leve do passar do tempo...

O amor, quando finda

A dor fica no peito, rarefeito

Pelo tempo, será desfeito.

Assassinos da pele

Do lado esquerdo do peito.

Uma sensação desesperada de despedida

Um ir e vir que fica e não fica.

Tentei salvar o que já não era

Há muito tempo.

Cacos de vidro

Em partículas de quimeras

No muro dos ombros

Carreguei escombros

Feito mula

Abortando o que era parto.

A cortina se fecha

No último ato

Dramática cena

Sem platéia e sem aplauso.

Amor

Doente

Mente

Pensei que fosse eterno

Amar é flor tênue

Num jardim de inverno.

Tony Bahia.

Último ato

Ouvindo, do silêncio, a sinfonia

Tentamos segurar o tempo, as horas

Antes que o momento se disperse...

Cacos de emoção, restos de fantasia

Desesperadamente vão embora

Junto a toda lembrança que enternece...

Último ato no palco da ilusão

Resta sair de cena... Perde-se o nosso chão!...

Ângela Faria de Paula Lima

25-06-2012

...................Obrigado Ângela, pelo belíssimo indriso................

...........Tony...........

Flor efêmera que não resiste ao tempo

E se desfaz, pétala a pétala nesse momento

Tal qual estrela que ao sol não mais reluz

Acaba assim a melodia, o sentimento

Ficando apenas o que sobrou, ressentimento

Que transformamos em bengala ou numa cruz.

E assim seguimos pela vida, um vão momento

E tropeçamos a cada pedra, num contratempo

Frios, errantes ao caminho que nos conduz

Mas precisamos de um novo amor, um alimento

Que refrigere de nossa alma esse tormento

Buscando sempre um aconchego, e nova luz.

E novamente vamos olhar o firmamento

O coração de tal tristeza está isento

Vamos plantar uma semente que produz

E vai surgir do solo, novo rebento

E manda ao longe aquele velho pensamento

Vendo brotar a nova rosa que seduz.

Estrela Radiante

..............Obrigado Estrela, pela linda Luz em interação.........

.................carinho sempre...bjus de luz n'alma, tony............

Tony, Tony, as flores são tênues,

mas as do amigo

são sempre-vivas

que aquecem as tardes e os tempos

que aquece a alma fria...

Tony, Tony, o tempo as vezes é carcereiro

outras, a chave do cárcere

as flores tênues, silvestres

são vidas que a vida abre

E eu colho as flores que posso

das tantas que me cabiam

que me roubaram e inda cabem

para oferecer-te, flores-testemunho doce

da nossa amizade.

Beijos ZULEIKA REIS

........Belíssimo presente e interação da grande poetiza........

Zuleika dos Reis - obrigado ZU!...tony...

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 24/06/2012
Reeditado em 27/06/2012
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