La Guardia

as palavras guardadas em mim 
Perdidas entre nossas histórias 
Ora de amor, ora de indiferença 
A diferença é que ainda ficam 
Mil palavras para serem ditas 
Neste silêncio que em mim se deposita 
E é duro como brita. 

Eu deixo que elas fiquem recolhidas 
Numa montanha de descontentamento 
E olhares fingidos e batons adormecidos 
Na boca dos seus segredos. 

A verdade é que esse amor adormecido 
Deixa um gosto cortante nos meus lábios 
E preservo as palavras belas que eu diria 
Para o dia em que ele seja desperto 

Se por palavras vis, palavras vãs
não sei se por um gesto
Sei dessa dor que é guardiã do meu silêncio 
E nada passa por ela
Nada passa pelos portais dos meus olhos 
Sem encarar primeiro ela
Nem mesmo a luz deste dia. 

Cristhina Rangel.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 26/06/2012
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