SONHOS CALADOS   

"Não houve até hoje grande poeta que não fosse, ao mesmo tempo profundo filósofo." (S. T. COLERIDGE)

Meus sonhos calados,
ao silêncio colados.
Mordo a palavra,
mastigo-a,
bebo-a,
equilibro-a
nos dedos submissos
da lama,
da luz dos sonhos,
das cores e da vida.
Da vida quase desfeita
despreende-se o poema vivo,
rebelde, aberto e inviolável,
fogo devorador,
oculto,
exorcista,
com o pus dos meus sonhos
calados,
alados,
colados ao silêncio,
é o ocaso:
            Por acaso
pode-se distinguir um homem
do seu sonho?


RayKorthizo Perez
Enviado por RayKorthizo Perez em 06/07/2012
Reeditado em 30/07/2012
Código do texto: T3763731
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