NOVA RESPOSTA A G...d

Pergunto-me se em verdade acreditava

Na morte como a suprema dentre as curas

Ou se dela precisava

Para esquecer um sem fim de agruras

Com que a outros supliciou.

Em noites sem fim indormidas

Talvez se lhe projetassem as feridas

Que em muitos abriu,

Reabriu

Ao extremo ponto de lacerar,

Esgarçar

Os tecidos de afeto

Com os quais tantos

Por anos tantos

Se empenharam em lhe adornar,

Confortar

O teto

E seu gélido frio aquecer.

De qualquer sorte,

O distanciamento que nos traz a morte,

Seja físico ou emocional

Daqueles com quem convivemos

É chance irrecusável que temos

Para isenta (ou quase) avaliação fazer

Do seu modo de ser,

Ou, como é o caso,

De ter sido.

Sem pieguismo nem paixão:

Consequências, presentes ainda estão

E se estenderão

Para toda a atual geração

E para aquelas que ainda por vir, estarão.

Não há excesso de direito em avaliar

E, mesmo, julgar.

O veredito, a DEUS cabe pronunciar

Não nos sendo permitido escutar.

Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 07/07/2012
Reeditado em 20/02/2013
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