No Trampolim Da Boca
Hoje eu acordei assim, as falas saltando
Fêmeas felinas arredias soltas
No trampolim da boca
Nada mais além-mar, caudaloso a mar
Saltar mergulhar no impermanente?
Só o Poeta para se deitar sobre o corpo de sonhos
Transportar-se e entregar á este deserto os teus delírios!
Só a Poeta na cumplicidade "fazer-te arte ardente sentidos"
Só o onipotente para adentrar o âmago, saber-te carmim
E dos ouvidos retirar as toneladas de antepassados
Tornar o agora suave, leveza tal qual brisa que soprou
E me sentiste! Fúúúúúú, acalentando os gemidos...
O poema aDORmece enquanto a sua pele
Estilhaça no deserto rígido que parece sem fim (?)
O solo te parece um repente sorrindo...
veraamar saltando os seus bichos feras...
E o Poema que sabes entrelinhas
Ainda dormindo...(" * ")