No Trampolim Da Boca

Hoje eu acordei assim, as falas saltando

Fêmeas felinas arredias soltas

No trampolim da boca

Nada mais além-mar, caudaloso a mar

Saltar mergulhar no impermanente?

Só o Poeta para se deitar sobre o corpo de sonhos

Transportar-se e entregar á este deserto os teus delírios!

Só a Poeta na cumplicidade "fazer-te arte ardente sentidos"

Só o onipotente para adentrar o âmago, saber-te carmim

E dos ouvidos retirar as toneladas de antepassados

Tornar o agora suave, leveza tal qual brisa que soprou

E me sentiste! Fúúúúúú, acalentando os gemidos...

O poema aDORmece enquanto a sua pele

Estilhaça no deserto rígido que parece sem fim (?)

O solo te parece um repente sorrindo...

veraamar saltando os seus bichos feras...

E o Poema que sabes entrelinhas

Ainda dormindo...(" * ")

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 08/07/2012
Reeditado em 11/11/2012
Código do texto: T3766775
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