NINGUÉM

Se não há alguém para levar a mala do teu desespero

Ora, leva-a tu mesmo, aí junto, contigo

Pois ninguém estará a postos te esperando na estação

Se não ligaste ao menos para um amigo

Aquele que um dia precisou de ti

Ou o outro que te pediu abrigo

Como era mesmo o nome do pobre infeliz?

Que não consolastes por impaciência?

E agora que o trem há muito já partiu

A quem será que pedirás clemência?

Não há ninguém, não chegará ninguém

Prá te livrar da insólita violência

Da vida vã, da noite sombria

Da tempestade, da tua demência...

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 02/08/2012
Código do texto: T3809263
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