pas des deux en ciel

A mão soluça numa leve dança

Percorre muda o contorno do rosto

Desejo e gosto,

calafrio,

de quem colhe num jardim suspenso

em sonhos,

frágil e bela flor,

suave torpor

de botão em cio

Desabrochando em sol no oriente

de meu peito, horizonte solitário

na ânsia impotente de conter

a caldeira ardente

que sem querer

derrama paixão

Transformando em verão

Todo inverno ou outono,

Primavera, delírio febril

calor e tesão,

em qualquer estação

Os olhos fugitivos se entregam

E mergulham,

Perdidos se encontram, juntos aos seus,

Mistério castanho profundo

em horizonte calmo e denso

De estrela cintilante

Brilho intenso em céu distante

Tão próximo dos meus

-Devo fugir ou desejo morrer?

Porque perguntar?

Doce morte seria encontrar

Anjo vadio brincando no véu

De estrela brilhante

Paixão cintilante

Tecida no céu

Adam Flehr
Enviado por Adam Flehr em 05/08/2012
Código do texto: T3814216
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