Sobre a minha morte...

Choro, pranto e desespero

Marcarão o dia trágico e fatídico

Da minha partida.

Lágrimas, catarro e soluços

Rostos inchados e deformados

Que eu sequer reconhecerei,

Darão Adeus!

Oh! Suplicos-vos, amigos, não façam isso!

Não acendam velas

Não rezem missas

Por – favor deixem-me ir em paz!!!

Não distribuam santinhos

Com a pior foto que encontrarem

Não contem mentiras ao pé do caixão

Sobre a perfeição da minha existência

Rogo-lhes que me deixem descansar!

Não façam camisas

Com uma foto 3x4 ampliada

Não escrevam “Saudades”

Tão pouco criem correntes

Por email, facebook ou twitter

Não me prendam a esse mundo!!!

Não, nunca visitem meu túmulo

Não o enfeitem com flores de plástico

E jamais conversem com a lápide

Acharão que a dor da minha partida os enlouqueceu!

Ah, meus caros amigos

Quisera eu poder ir sem deixar dor

Deixem que eu vá,

Sem vê-los chorar

Podem festejar amigos, sejam felizes...

Só não dancem demais sobre o meu caixão

Para que eu não crie motivos para voltar

e do tumulo os assombrar!