Da dor mais íntima
Da dor mais íntima
Dói, maltratado coração sujo,
Turva-te em sangue enlameado,
Morre, num suspiro enfartado.
Grita, enevoado coração burro,
Rasga-te em prantos lamuriantes,
Queima-te na fogueira do luto!
Desiste, não mudarás o antes...
Pensaste que um amor encontraras.
Tolo! Esse coração maltratado,
Apenas mais e mais solidão achara...
Meu coração, doces ilusões as tuas,
De novo a perambular pelas ruas.
Rindo, em nova dor a jogar-te,
Com (mais uma) nova rosa sangrar-te...