Cúmplice coração

Nas infindáveis, longas madrugadas,

Em que mais preciso de uma companhia,

Avoluma-se em meu peito

Um pranto triste, dolorido.

Sinto correrem copiosamente

Pelo meu rosto, lágrimas amargas,

Com o gosto da desesperança,

Porque sinto que o meu tempo está acabando.

E quando, enfim, adormeço,

Meu romântico e cúmplice coração

Tece doces sonhos de amor,

Suavizando, assim, a minha solidão.

Valderez de Barros
Enviado por Valderez de Barros em 22/08/2012
Reeditado em 22/08/2012
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