Mãos de luz
Não sei ver o teu rosto
falo a linguagem dos cegos
deixa-me ver-te
sim
deita-te junto a mim
e lentamente
percorrerei o teu corpo
de animal selvagem
e sorverei
o orvalho que se desprende
dos teus lábios
Fico triste quando dizes ques as manhãs frias
foram feitas para os amantes infelizes
discordo
não existem amantes felizes ou infelizes
existe sim
o amor
que nos agrega
e faz com que os nossos átomos
se trasnsformem num só corpo
onde as almas voam em direcção ao sol
que inunda
este pobre coração
qual pavão
que se apaixonou pela lua