Mãos de luz

Não sei ver o teu rosto

falo a linguagem dos cegos

deixa-me ver-te

sim

deita-te junto a mim

e lentamente

percorrerei o teu corpo

de animal selvagem

e sorverei

o orvalho que se desprende

dos teus lábios

Fico triste quando dizes ques as manhãs frias

foram feitas para os amantes infelizes

discordo

não existem amantes felizes ou infelizes

existe sim

o amor

que nos agrega

e faz com que os nossos átomos

se trasnsformem num só corpo

onde as almas voam em direcção ao sol

que inunda

este pobre coração

qual pavão

que se apaixonou pela lua

Rogério Saviniano Telo
Enviado por Rogério Saviniano Telo em 20/02/2007
Código do texto: T387025
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