DO MESMO LADO EM LADOS OPOSTOS
Já acreditei em verdades absolutas,
Em imagens que não precisam de palavras,
Sonhos que se misturam na realidade
E naquilo que não podemos escrever.
Diante de uma tela e um teclado
Não sei quem sou.
Apenas vivo o que sinto.
Com um coração que não se entende.
Primavera se foi,
Mas é estranho entender aquilo que sequer conhecemos.
E assim permanecemos
Do mesmo lado em lados opostos.
A cada esquina sem querer encontro
Músicas que a gente não inventou.
Então, são doses de qualquer bebida...
Contendo morfina para a mesma ferida.
Do mesmo lado em lados opostos.
Como frases em parágrafos diferentes.
Sob a mesma lua,
Em ruas de um mesmo lugar.
Entre a embriaguez e a lucidez
Atrás de desculpas que possam explicar
Coisas que esquecemos de dizer
E outras que deixamos de escolher.
BH, 1º semestre de 2012