A VIOLINISTA NUA E O GATO
A violonista virgem
costumava tocar
completamente nua
numa simplicidade sem vertigem
deslizava o arco a entoar
uma melodia crua...
Um dia, um fato,
assustou-a com um gato
que atraído pelo som
passou pela janela
pra ouvir o que é que vinha
daquele quarto tão dela!...
A jovem musicista
precipitou-se com o olhar
insano do bichano
e começou a soluçar...
Claro, interrompeu o seu tocar,
foi susto de sufocar!...
Mas, o animalzinho
que ali fora escutar...
sem ter culpa no cartório,
pôs-se, assim, a reclamar
com o seu miado simplório:
Toca, toca!... Quero ver se sei dançar...
A moça, logo, pode se acalmar,
tomando o gatinho no colo a acariciar...
Agora, ambos se entenderam,
e após tanta carícia
retomou o seu tocar
com astúcia e sem malícia...
O gatinho de tão contente
colocou-se a dançar,
ela e o seu violino,
ele a rodopiar
e assim, estanco a estória
paro também de contar...
Pois, o fim desse enredo
é pra você continuar
que isto é um improviso...
E ao mais desavisado, aviso:
Essa história aqui é sem medo,
dita, apenas, pra aguçar...
Sua criatividade e crença
no que podermos inventar:
Quem conta um conto
aumenta um ponto...
Peguem linha e agulha
e comecem a costurar...
Sem pavor nem amargura,
nem gasolina ou fagulha
pra fazer incendiar...
Nenhum motivo ou firula...
Tratem logo de narrar
pra essa história não parar...
Porque eu, nem por mil contos,
nesse coser darei ponto
a fazê-la continuar...
Então eu lhes pergunto
sem medo de me enganar:
Quem é o arisco que se arrisca a começar?
A violonista virgem
costumava tocar
completamente nua
numa simplicidade sem vertigem
deslizava o arco a entoar
uma melodia crua...
Um dia, um fato,
assustou-a com um gato
que atraído pelo som
passou pela janela
pra ouvir o que é que vinha
daquele quarto tão dela!...
A jovem musicista
precipitou-se com o olhar
insano do bichano
e começou a soluçar...
Claro, interrompeu o seu tocar,
foi susto de sufocar!...
Mas, o animalzinho
que ali fora escutar...
sem ter culpa no cartório,
pôs-se, assim, a reclamar
com o seu miado simplório:
Toca, toca!... Quero ver se sei dançar...
A moça, logo, pode se acalmar,
tomando o gatinho no colo a acariciar...
Agora, ambos se entenderam,
e após tanta carícia
retomou o seu tocar
com astúcia e sem malícia...
O gatinho de tão contente
colocou-se a dançar,
ela e o seu violino,
ele a rodopiar
e assim, estanco a estória
paro também de contar...
Pois, o fim desse enredo
é pra você continuar
que isto é um improviso...
E ao mais desavisado, aviso:
Essa história aqui é sem medo,
dita, apenas, pra aguçar...
Sua criatividade e crença
no que podermos inventar:
Quem conta um conto
aumenta um ponto...
Peguem linha e agulha
e comecem a costurar...
Sem pavor nem amargura,
nem gasolina ou fagulha
pra fazer incendiar...
Nenhum motivo ou firula...
Tratem logo de narrar
pra essa história não parar...
Porque eu, nem por mil contos,
nesse coser darei ponto
a fazê-la continuar...
Então eu lhes pergunto
sem medo de me enganar:
Quem é o arisco que se arrisca a começar?
Aí, Conceição "Ceiça" Marcelino
deu seguimento à estória,
conforme a proposta com tino
pra poesia alcançar sua glória...
Esperamos que outros poetas
deem-se conta e prossigam
nessa história como meta
e com sentimento nos digam
o que fazer com um gato assim
carente e conquistador,
há espaço num bom tempo
a todo arisco contador!...
Os gatinhos são brincalhões
Como criança tagarela,
Quando miam se comunicam
Dormindo na soleira da janela.
e com sentimento nos digam
o que fazer com um gato assim
carente e conquistador,
há espaço num bom tempo
a todo arisco contador!...
Os gatinhos são brincalhões
Como criança tagarela,
Quando miam se comunicam
Dormindo na soleira da janela.