DOR ÍNTIMA
Quando penso que a doença enfim está curada
Que poderei enfim descansar sossegada
Vem de dentro do peito esta dor
Que me arranca e me joga no horror
De sentir a vida assim, desmedida
De sentir vontade de ferir e se ferida
De ser lança ao mesmo tempo ser o alvo
Daquilo que nem sei se vale a pena ser salvo
Do algoz, do carrasco, do cadafalso
E ao encontrar certas almas ao acaso
Abro um sorriso mas escondo o meu peito
Pois é melhor fingir que o mundo é perfeito
Do que recordar daquilo nada esquecido
Pois todo dia ouço aqui no meu ouvido
Todas as histórias que vieram do passado