DEPOIS DA DECISÃO
O demônio se foi
Mas sua cauda afiada
Ainda resvala minhas pernas.
Não vale a pena ter doce, ser terna
Se a mágoa que me feriu é eterna.
Entro na caverna do tempo com a laterna
O parco lúmen invade meu coração
E assim busco só na escuridão
O que parece ser deveras impossível
O que sempre será inadimíssivel
Esquecer, apagar e perdoar
O veneno tomou meu sangue devagar
Cegou-me os olhos para o futuro
Separou meu ontem e meu hoje com um muro
De tristeza, ódio e decepção
E agora dentro deste clarão
Sinto toda a dor ter tomando
Esta péssima decisão