Evolução Latente
Num passado mais distante
Ainda dentro do humano cálice
Era capaz de sentir o ambiente
E captar sinais de fealdade
Antes mesmo de abrir meus olhos
Ficava cego pela luz do mundo
Mas o tempo passa sórdido
E enxergo, triste, o buraco fundo
A arquitetura dogmática
Aparentemente pragmática
Estrutura a base do império
Que imortaliza o sofrimento deletério
A rigidez da ilusão
Estupra a virgindade da criação
O que pode fazer o universo
Além de testemunhar o longo progresso
Desse ser tão perverso?
Que nosso futuro tenha sorte
E que raso tenha sido o corte
Pois se foi criada uma fenda
É o presente que aplicará a pena