Evolução Latente

Num passado mais distante

Ainda dentro do humano cálice

Era capaz de sentir o ambiente

E captar sinais de fealdade

Antes mesmo de abrir meus olhos

Ficava cego pela luz do mundo

Mas o tempo passa sórdido

E enxergo, triste, o buraco fundo

A arquitetura dogmática

Aparentemente pragmática

Estrutura a base do império

Que imortaliza o sofrimento deletério

A rigidez da ilusão

Estupra a virgindade da criação

O que pode fazer o universo

Além de testemunhar o longo progresso

Desse ser tão perverso?

Que nosso futuro tenha sorte

E que raso tenha sido o corte

Pois se foi criada uma fenda

É o presente que aplicará a pena

Thales BC
Enviado por Thales BC em 19/09/2012
Código do texto: T3890836
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