LÁPIDE

Juro que eu te disse

Muito antes que partistes

Que o tempo acabou

Que o peito resvalou

Na ladeira do infortúnio

Que se meteu em um túnel

E nunca mais retornou

Juro que eu te disse

Mesmo antes que tu vistes

Que eu também iria embora

Que já estava na hora

Do dia acabar mais cedo

Na noite reinar o medo

Da bruxa contar histórias

Juro que eu te disse

Que nunca, jamais me mentisse

Nem era preciso mentir

Pois quando vim descobrir

O amor já estava morto

Mas o ódio era o oposto

Do que vim prá destruir

Minhas juras eram eternas

As tuas palavras meras

Que de nada me valiam

E assim numa lápide fria

Teu corpo agora descansa

Pois na ânsia da vingança

Muitos tem morte macia

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 25/09/2012
Código do texto: T3901467
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