QUE SAUDADE DO TREM, SÔ!

Já viajei muito de trem

De Maria-Fumaça chamada

A máquina puxando vagões

Tendo trilhos como estrada

Me lembro de todos os sons

Me lembro do cheiro até

Da lenha sendo queimada

E de homem vendendo café

Embalado pelo doce balanço

Acordava com um grito: o apito

Nas chegadas às estações

Cheias de gente e de agito

Agora não viajo mais

O progresso levou o meu trem!

Mas ainda tenho uma esperança

Ah! Já sei! Eu vou pedir pra Alguém

Eu vou pedir para o meu Deus

Pra fazer um trem bem bonito

E que nele eu possa viajar

Quando eu for para o Infinito.

AGOSTINHO PAGANINI
Enviado por AGOSTINHO PAGANINI em 27/09/2012
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