Na linha do horizonte

Na linha do horizonte

a luz deita-se de forma diferente:

brincando de nos fazer imaginar,

brincando de nos fazer sonhar.

Na linha do horizonte

sem forma, sem cor,

fora das gaiolas de neurônios

voa o pássaro em liberdade

procurando pouso firme

em ninho feito de ramagens de paz,

onde vivem o amor e a felicidade.

Na linha do horizonte

balançando no vai e vem

das ondas em dança,

tendo gravado em seu casco

os açoites de várias tempestades,

segue um barquinho brilhante

chamado fé e esperança,

vindo de jornadas sem idade,

saído de olhos cheios de muitas saudades

Na linha do horizonte

uma vez a cada ano

muitos olhos úmidos se encontram

entre nuvens coloridas de sol e noite,

entre silêncios agudos que gritam da alma

abafados por luzes em chuvas de ouro e prata

no dia em que la luna es caliente

e o amor não quer ficar ausente.

Na linha do horizonte

neste ou em qualquer dia

o céu encontra o mar

explodindo de alegria ou melancolia

nos olhos de quem, sempre,

tem um pequeno tempo para contemplar.

Regina SantAnna
Enviado por Regina SantAnna em 25/02/2007
Código do texto: T392612