Da poesia

Não faço poesia porque gosto

Faço porque estou desesperada

Pois a poesia é filha da impotência

É o último recurso

Grito que ecoa quando nada mais acalma

É o pequeno que, cansado de enfrentar o grande

Lança seu último golpe

É a frustração de uma ambição constante

Um protesto a Deus

Que, se existir, não faz nem gosta de poesia

Pois a poesia é intrínseca ao homem

Que é grão de areia

Mas quer igualar-se em tamanho ao mar

Eleanorrigby
Enviado por Eleanorrigby em 25/02/2007
Reeditado em 24/05/2007
Código do texto: T393241
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