Da poesia
Não faço poesia porque gosto
Faço porque estou desesperada
Pois a poesia é filha da impotência
É o último recurso
Grito que ecoa quando nada mais acalma
É o pequeno que, cansado de enfrentar o grande
Lança seu último golpe
É a frustração de uma ambição constante
Um protesto a Deus
Que, se existir, não faz nem gosta de poesia
Pois a poesia é intrínseca ao homem
Que é grão de areia
Mas quer igualar-se em tamanho ao mar