O vento

O vento que uiva

lá fora

derruba e desequílibra

Sem vaidade de outrora

emudece e não aflora

desnuda sem pudor

Invadindo suas dores

derramando o fel

em sua alma

O vento canta

sua agonia

guardada em segredos

Herdeiros sem

destino no desespero,

deixando rastros

Humilha mais

não mata

sem arrancar a raiz

O vento passa

com o tempo

ficando o lamento

Cris Silveira
Enviado por Cris Silveira em 09/11/2012
Reeditado em 09/11/2012
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