A Busca
O espírito em trevas mergulha no caos
A dor na alma escurece o caminho
O ser humano vê que esta sozinho
Em meio a augúrios de inimigos maus
Um sentimento de ansiedade aflora e ecoa
Qual desenho em quadro mórbido se apresenta
Como um pássaro liberto a esperança voa
A luta interna do bem contra o mal se aquenta
A fim de sobreviver debate-se de qualquer jeito
Afunda-se mais em águas de posso profundo
Descobre-se totalmente deslocado no mundo
Toma o caminho incerto sem destino e estreito
A solidão se instala da cabeça aos pés
Bloqueia iniciativas e provoca marasmo
Enfraquece a fé o amor e o entusiasmo
E quase sem motivo entra em estresse
O sofrimento da alma não encontra vazão
A dor espalha-se no corpo cadente
Permeia sorrateiro órgãos e mente
Conduz o homem à profunda depressão
O corpo e a alma já sem forças para reagir
Entram em estado total de aceitação
Perdem a força de viver e a motivação
O ser até então vigoroso está a sucumbir
Aos ditames da morte parece se render
Como não é chegada a hora derradeira
Surge um amigo com função de parteira
Há uma luz no fundo do túnel a acender
Quando encontra alguém para lhe ouvir
Sem pressa julgamento e sentença
Respeitando suas queixas e crenças
Encontra novas forças para prosseguir
A calma penetra por pórticos dos sentidos
Transformando o corpo em inóspito à dor
De onde todos os males serão banidos
A alma reencontrando existência florida
O converte em hospedeiro do amor
Ele reencontra a fé a esperança e a vida