As voltas que a vida dá
As voltas que a vida dá
Já chega dessa vil filosofia,
você teve o que queria,
para quê me criticar?
Meu mal foi chegar assim tão perto,
se eu vivesse no deserto,
que cobra iria encontrar?
Ouço um som no outro lado da cidade;
é você que, por maldade,
joga no ventilador
um passado em que só teve alegria,
resvalou na poesia,
cantou modinhas de amor.
Agora você passa na calçada,
nega o olhar e não diz nada,
fingindo que não me vê.
A vida dá mil voltas, é verdade!
Você vem, fala em saudade,
abro os braços pra você.
Gilson Faustino Maia