Ritmo e Poesia

A elite se distrai com a Europa

Magnatas compram as cidades

A corte faveliza e sela a aldeia

Intelectuais discutem a soberba

É Hollywood, estética, pobreza

Quando dão conta o mau é bom

Tem uns comunistas no quintal

Os filhos estão lendo O Capital

As crianças da falência crônica

Manifestam silêncio do espaço

Do tempo, da vida, e da língua

O fidalgo e a pastora procuram

O elo entre a música e a poesia

Encontram desfazem e abjuram

Não morrem beijos e despedida

Mas sofrem da saudade doentia

A organização da arte é comum

No universo concreto das letras

Plástica, teatro, da musicalidade

Nas influências do neorrealismo

Destarte, seguem aquilo e outro

O estilo é seco, direto e conciso

Estrutura amparada na mudança

Literatura é alimento da criança

Família é base da comunicação

O livro é a nave central e linear

É Vanguarda da transformação

Guerrilha que espalha pela vida

As flores da página quando lida

Ruptura da alienação prematura

Cenários expandidos pela forma

Rumo que altera e desfaz a linha

O homem elegante e culto é rei

Se estiver vestido de humildade

E sua cultura for da comunidade

Diversidade não é só uma rima

Tem que respeitar as diferenças

Ordem e progresso, circo e pão

Mais vale uma ideia na cabeça

Um sorriso, e um livro na mão.

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 14/11/2012
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